10-06-2012
Em Junho de 1879. O professor de matemática Jean Pierre Dunant, um Frances, com 32 anos, viajava pela Hungria, em busca de um raro livro a respeito da vida de Pitágoras, o Pai da Matemática. Jean Pierre mirou num passarinho e acabou acertando em outro. Ao entrar numa livraria na rua Vajva, que hoje em dia não existe mais, em Budapeste, ele viu sobre o balcão, uma serie de papeis rabiscados. Resolveu dar uma olhada, pois ficou curioso. À medida que ia lendo ficava mais interessado nos papeis.
O dono da livraria chegou ao balcão e disse para Jean Pierre: “O senhor acaba de achar o que estava procurando” Jean, olhou para ele sem entender nada e disse que estava procurando um livro raríssimo sobre a vida de Pitágoras. O velho livreiro deu um sorriso e voltou a dizer “o senhor acaba de achar o que estava procurando.” O livreiro unindo as palavras aos atos, apanhou todas as folhas e entregou ao professor.
Jean Pierre aceitou, e perguntou: “quanto custa?” O livreiro mais uma vez sorriu enigmático e disse:” A mim? Nada. Após ler o que tem nas folhas, saberá o que fazer.” Jean saiu da livraria com as folhas sem nada entender.
Em Julho de 1879, Jean Pierre já sabia o que deveria fazer com as folhas. Elas retratavam a história e a magia de um povo misterioso, os ciganos. Nas folhas também tinha dezenas de métodos divinatórios, o problema era que Jean Pierre não acreditava em tais coisas, achava que a matemática podia explicar tudo. Mas alguma coisa fez com que Jean Pierre começasse a pesquisar o assunto mais a fundo.
Em Setembro de 1879, após dois meses de leitura, Jean Pierre tomou a decição de procurar onde quer que fosse um grupo cigano e tentaria viver entre eles algum tempo, para poder comprovar a veracidade do lera.
Em Janeiro de 1880, viajando pela Romênia, Jean Pierre ao entrar em Bucareste, se estalou numa estalagem e logo fez amizade com o dono e comentou que estava atrás de um grupo de ciganos. O dono do estabelecimento em troca de algumas moedas lhe deu a direção de um grupo.
Em meados de Janeiro, Jean Pierre encontrou o grupo em um acampamento a beira de uma estrada deserta. A principio foi recebido de maneira hostil e tratou logo de se explicar e disse que gostaria de escrever sobre eles. Os ciganos, não gostaram da ideia e capturam Jean Pierre, mantendo-o preso durante muitos meses.
Em abril de 1881, Jean Pierre, aos poucos, conquistou a simpatia da tribo e ganhou liberdade. O chefe do grupo mandou que ele partisse mais Jean Pierre não tinha desistido de sua ideia e comentou de novo sobre o assunto, dizendo que queria ficar e escrever o livro sobre eles. Os ciganos desta vez resolveram se reunir para decidir se aceitava ou não a presença dele. Por unam idade, decidiram permiti que Jean Pierre participasse do cotidiano da tribo.
Setembro de 1885, Jean Pierre, munido com muitas informações, voltou para Paris. Organizou todo o material, fez cálculos, chegando à conclusão de que os ciganos tinham um poder fora do comum para adivinhar as coisas. Como Jean ainda tinha as tal folhas, começou a escrever um livro, chamado O Único e Verdadeiro Livro do Taro Cigano.
Dezembro de 1885, Jean Pierre terminou de escrever o livro, que continha 200 paginas manuscritas. Resolveu procurar um tipógrafo, pois tinha em mente publicar o livro e torna-lo conhecido. Mais foi impossível, pois ficou muito caro para publicar o livro. Em Janeiro de 1886. Jean Pierre Faleceu em Paris, aos 39 anos, sem deixar bens ou propriedades, apenas um rascunho de um livro de Taro Cigano.
Em Maio de 1958. O pesquisador espanhol Juan Garcia Chávez, em uma viagem a Hungria, entra numa livraria, a procura de um livro qualquer e encontra em cima do balcão, em meio a outros livros velhos e despedaçados, o rascunho do livro do professor Jean Pierre. Ele folheia o livro e logo se interessou pelo assunto.
O dono da livraria chega e Juan pergunta: “Quanto custa isso aqui?”. O livreiro dá uma risada e responde: “Essa porcaria? Isso estava nos fundos da minha livraria a muitos anos. Hoje, fiz uma limpeza e ia jogar fora. Se quiser, pode levar”. Juan deixou um dinheiro em cima do balcão e foi embora. Chegou ao seu local de trabalho, pegou o telefone e chamou seu assistente. Juan pegou o rascunho do livro sobre taro cigano e o entregou ao assistente, dizendo: “Copie este rascunho depois mande rodar”.
Juan era dono de uma editora de médio porte. Ele mandou imprimir cinco mil exemplares do livro. A vendagem foi um sucesso, então mandou fazer mais cinco mil. Novamente um sucesso. Antes que ele mandasse imprimir mais outros tantos mil exemplares, teve um problema de saúde e faleceu.
Algumas horas antes de sua morte, Juan ficou sabendo, através de uma cigana, que ele havia sido um professor de matemática, um Frances, que tinha vivido no século XIX. Juan Garcia era a reencarnação de Jean Pierre. Hoje após anos do falecimento do Espanhol Juan García. Temos a chance ímpar de conhecer este taro. Algumas adaptações precisaram ser feitas, é verdade. Os costumes europeus diferem muito dos nossos, mas isso não tirou a beleza e a magia desta maravilhosa arte divinatória.